E agora? Caladas! Sou
magra, não consigo engordar e não posso falar sobre este assunto com ninguém,
principalmente com as minhas amigas, é que corro o risco de ficar sem um olho, sem cabelo e sem dentes só para não dizer
graças sem graça nenhuma.
O gajedo tem destas coisas, mazinhas umas para as outras é o que é, cambada
de invejosas.
Chego a ser maltratada e não preciso conhecê-las, basta aparecer numa festa para me tornar num alvo a abater e levar uma valente carga de pancada mais que justificada apenas com a minha presença. Más. No outro dia fui a uma festa em casa duns amigos e quando entrei na sala – perceberam bem? É que eu tinha acabado de entrar na sala -, aproxima-se uma ganda maluca feia, com bigode e 246 kg de peso -, que me diz o seguinte: as magras são como as lagostas, custam a abrir e não têm nada que se coma.
Isto só para perceberem o nível de infelicidade que uma magra carrega dentro de si, somos umas mudas-insultantes-agressivas aos olhos das outras e, como se isto não bastasse - isto o fato de não termos amigas -, os empregados de mesa e treinadores de pedotríbica acham que somos magras por paixão. Como se isto não bastasse faço, em novembro, 50 anos.
Tenho quase 50 anos,
sou magra, não tenho celulite e não engordo.
Decidi alterar o nome
do blog porque já não é justo para as quarentonas, sim quarentonas. Adoro o
nome e vivi bem os meus 40 anos. Aprendi, comi bem, bebi melhor. Gosto de ouvir
música, mas não há nada como um silêncio... Gosto de turbantes e tenho uma
enorme cabeleira. A tranquilidade aprende-se. Adoro roupa e adoro misturá-la.
Tenho quase 50 anos.
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